Tokyo Ghoul se destaca não apenas por suas cenas impressionantes e uma trilha sonora memorável, mas também por nos fazer refletir sobre nossas decisões e preferências. A jornada de Kaneki Ken vai muito além de sua transformação em um meio-ghoul e da luta pela sobrevivência; trata-se de descobrir sua verdadeira identidade e o que ele está disposto a fazer para proteger aqueles que ama. Em meio ao conflito entre humanos e ghouls, surgem lições preciosas que podem ser aplicadas em nossas vidas.
Selecione suas lutas e estabeleça prioridades
No início, Kaneki tenta agradar a todos, seguindo os ensinamentos de sua mãe: “Sofrer é melhor do que causar sofrimento.” Ele acredita que ao evitar conflitos e colocar os outros em primeiro lugar, está fazendo a coisa certa. No entanto, isso resulta em exploração, humilhação e situações que apenas acentuam sua passividade e dor. Essa experiência traz uma valiosa lição: é impossível satisfazer a todos.
A vida nos exige focar no que realmente importa. Kaneki começa a mudar ao perceber que não pode ajudar os outros se não lutar por si mesmo antes. Se continuar permitindo que os outros o machuquem sem reagir, não conseguirá proteger ninguém de maneira eficaz. No nosso cotidiano, isso pode significar aprender a recusar pedidos, distanciar-se de relacionamentos prejudiciais ou tomar decisões difíceis para garantir um futuro mais positivo. Ser gentil o tempo todo não equivale a ser justo consigo mesmo.
O medo por trás da filosofia da mãe de Kaneki
A famosa afirmação de sua mãe pode parecer admirável à primeira vista, mas, ao examiná-la mais de perto, revela um temor profundo: o medo da solidão. Sua mãe evitava ferir os outros por temer o abandono e a perda das pessoas queridas. Isso levanta uma questão relevante: quantas vezes deixamos de nos afirmar ou de tomar decisões por receio de ficarmos sozinhos?
Kaneki adota esta filosofia por um período considerável, mas percebe que, no final das contas, ela não evita o sofrimento; ao contrário, intensifica seu próprio sofrimento. Uma vez que ele reconhece a necessidade de agir, torna-se mais forte e apto a proteger aqueles que realmente importam. Isso não implica que devemos nos tornar insensíveis ou agressivos, mas sim que é necessário ter a coragem de enfrentar desafios, mesmo que isso desagrade os outros.
Em última análise, Tokyo Ghoul nos ensina que não basta simplesmente existir – é fundamental decidir a forma como desejamos viver.